Ao celebrar os seus 25 anos, o CCB acolhe uma exposição retrospetiva da obra de Vittorio Gregotti. Esta exposição apresenta uma narrativa explicativa das atividades abrangentes deste arquiteto e do seu gabinete ao longo de mais de seis décadas de projetos em Itália e no resto do mundo. O título da retrospetiva estabelece uma continuidade ideal com o territorio dell’architetuttura (território da arquitetura) – título programático do seu primeiro livro, publicado em 1966 – e uma forma de o espelhar: um ponto de encontro com contribuições de outras experiências e disciplinas, no qual o termo território assume o significado de material físico e conceptual da própria arquitetura. O objetivo desta exposição é tentar comprender se é possível e útil refletir sobre o percurso do projeto arquitetónico como uma narrativa dos modos de dar forma à sua intencionalidade, sem que, com isso, se torne uma expressão de um a priori ideológico; ou seja, entender como a arquitetura, quer na sua fase de projeto, quer no resultado construído, se apresenta também como um relato da transformação dos materiais escolhidos numa organização de sentido capaz de uma nova e necessária modificação do estado de coisas, propondo assim, através das formas da arquitetura e a partir da crítica das suas contradições e possibilidades, um fragmento de verdade que não a realidade do presente.
O Território da Arquitetura. Gregotti e Associados 1953-2017
Guido Morpurgo
2018-01-01
Abstract
Ao celebrar os seus 25 anos, o CCB acolhe uma exposição retrospetiva da obra de Vittorio Gregotti. Esta exposição apresenta uma narrativa explicativa das atividades abrangentes deste arquiteto e do seu gabinete ao longo de mais de seis décadas de projetos em Itália e no resto do mundo. O título da retrospetiva estabelece uma continuidade ideal com o territorio dell’architetuttura (território da arquitetura) – título programático do seu primeiro livro, publicado em 1966 – e uma forma de o espelhar: um ponto de encontro com contribuições de outras experiências e disciplinas, no qual o termo território assume o significado de material físico e conceptual da própria arquitetura. O objetivo desta exposição é tentar comprender se é possível e útil refletir sobre o percurso do projeto arquitetónico como uma narrativa dos modos de dar forma à sua intencionalidade, sem que, com isso, se torne uma expressão de um a priori ideológico; ou seja, entender como a arquitetura, quer na sua fase de projeto, quer no resultado construído, se apresenta também como um relato da transformação dos materiais escolhidos numa organização de sentido capaz de uma nova e necessária modificação do estado de coisas, propondo assim, através das formas da arquitetura e a partir da crítica das suas contradições e possibilidades, um fragmento de verdade que não a realidade do presente.I documenti in IRIS sono protetti da copyright e tutti i diritti sono riservati, salvo diversa indicazione.