A construção dos aprendizados femininos com os tecidos, linhas e máquinas de costura, é analisada neste texto por meio das informações disseminadas por dois gêneros textuais diversos na transmissão de conhecimentos. O primeiro é o curso de corte e costura intitulado Método Vogue associado à Escola de Corte e Costura São Paulo e de autoria de Antonio Campagnolli, que mesmo com lacunas documentais sobre a totalidade de publicações, está no volume analisado em sua décima nona edição. Este material didático instrumentalizou milhares de mulheres à prática do corte e costura com seus volumes de cursos por correspondência que, juntamente ao Instituto Universal Brasileiro, dinamizou o ensino com a sua propagação ao interior do país por meio dos Correios. O segundo é Jornal das Moças, uma revista carioca produzida pela Editora Jornal das Moças Ltda. Um periódico semanal circulado entre os anos de 1914 a 1961 e que em suas páginas jovens e senhoras encontravam orientações sobre moda, beleza, costura, casa, culinária e cuidados com os filhos. Ambas as fontes são suportes na compreensão da relação feminina com a prática de corte e costura e neste intuito circunscrevemos a análise aos anos 1950 e 1960, pelos investimentos presentes neste período na divulgação do ensino desse ofício. Com o objetivo de compreender as concepções que nesse período relacionaram o ensino do corte e costura às mulheres, o texto é dividido em três partes que exploram o corte e costura associado à imagem feminina, sua difusão midiática e sua contribuição para a educação e para o trabalho feminino profissional e doméstico.

A moda e as mulheres : as práticas de costura e o trabalho feminino no brasil nos anos 1950 e 1960

Frasquete, Débora Russi
;
2017-01-01

Abstract

A construção dos aprendizados femininos com os tecidos, linhas e máquinas de costura, é analisada neste texto por meio das informações disseminadas por dois gêneros textuais diversos na transmissão de conhecimentos. O primeiro é o curso de corte e costura intitulado Método Vogue associado à Escola de Corte e Costura São Paulo e de autoria de Antonio Campagnolli, que mesmo com lacunas documentais sobre a totalidade de publicações, está no volume analisado em sua décima nona edição. Este material didático instrumentalizou milhares de mulheres à prática do corte e costura com seus volumes de cursos por correspondência que, juntamente ao Instituto Universal Brasileiro, dinamizou o ensino com a sua propagação ao interior do país por meio dos Correios. O segundo é Jornal das Moças, uma revista carioca produzida pela Editora Jornal das Moças Ltda. Um periódico semanal circulado entre os anos de 1914 a 1961 e que em suas páginas jovens e senhoras encontravam orientações sobre moda, beleza, costura, casa, culinária e cuidados com os filhos. Ambas as fontes são suportes na compreensão da relação feminina com a prática de corte e costura e neste intuito circunscrevemos a análise aos anos 1950 e 1960, pelos investimentos presentes neste período na divulgação do ensino desse ofício. Com o objetivo de compreender as concepções que nesse período relacionaram o ensino do corte e costura às mulheres, o texto é dividido em três partes que exploram o corte e costura associado à imagem feminina, sua difusão midiática e sua contribuição para a educação e para o trabalho feminino profissional e doméstico.
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